Gordinhos e felizes

Se me contassem o que aconteceria comigo em 2012 eu daria uma bela gargalhada, por que de longe foi até agora o ano mais intenso, louco e apaixonado. Provo que viver um dia de cada vez não é suficiente, é uma hora de cada vez, e aproveitando todos os olhares, abraços e detalhes que a vida traz de presente. Ainda sou a pseudo-durona, mas estou cercada de fofoletes, incluindo Pedro, que fez eu pagar todos os comentários sobre as fofolices alheias (Oh!MY!). Resta a mim torcer para que as roupas rosas de Maria Rosa não exerçam tal influência sobre ela.

Imagino que os tempos de silêncio são perfeitamente justificáveis pela correria dos últimos tempos. Não sobrou tempo para muita coisa, e pior, as simples também se tornaram impraticáveis. Num tempo recorde organizamos a casa, o casório, que foi simples mas muito especial, e quando vi estava andando, cheia por comer ojo de bife e sem pensar em nada além da dor no meu pé.

A lua-de-mel em cima da hora foi um refúgio depois  do turbilhão de emoções e ainda reabasteceu minha cota de calorias por seis meses... mas calma, apesar das deliciosas tentações culinárias de Buenos Aires, andei o bastante para uma grávida se sentir em forma, ou pelo menos para voltar para o hotel sem peso na consciência. Isso além dos emocionantes episódios que incluíram um protesto gigantesco na avenida do hotel, onde nos perdemos, no dia da final entre o Boca e o Corinthians... entre torcidas organizadas e revoltados com governo não é o lugar ideal para uma grávida... mas depois nos encontramos e muito depois eu ri da situação. Tango, parques, bifes, museus, bifes, protestos, bifes, prédios antigos, bifes, pontes, bifes, feirinhas e bifes. Eu aposto que Maria adorou.

Queridos, a vida de casada tem se mostrado maravilhosa e agora retomo o ritmo dos projetos da vida... depois dessa pausa merecida, volto para outras coisas, mesmo que elas não sejam prioridade... por que a verdade é que tudo ficou tão pequenininho desde que soube que uma mocinha fofinha vai chegar em outubro.  Eu e Pedro e todo o resto do mundo está ansioso para ver esses rostinho rosa.

-Nossa! Essa postagem tá muito fofolete!

O Pai que olha de perto cuidou de todos os detalhes e em tudo mostrou que estava no controle... meu estresse não adiantou de nada, porque até a previsão de chuva para o dia do casamento foi desmentida... o dia amanheceu azul e foi tudo do jeito que imaginamos... bonito, íntimo e com a nossa cara. Lolota e mamãe-urso choraram mais do que eu imaginava... corrigindo: bem mais do que eu imaginava. E não houve ensaio que fizesse Miguel levar as alianças sem ser tão Miguel, que por acaso está enorme e cuja esperteza assusta mais a cada reencontro. Eu não fui à Olinda, mas Olinda veio a mim, e trouxe consigo um filminho que passava na minha cabeça enquanto ia de encontro ao noivo com o sorriso mais lindo. Sentia o amor de Deus e das pessoas ao redor, inesquecível.

Infelizmente faltaram muitas pessoas queridas, mas que com certeza estavam abençoando aquele dia, e tudo que viria e que virá.

Como disse no começo, se me contassem o que aconteceria em 2012 eu daria gargalhadas... mas agora, de alegria, por que o surpreendente existe, e traz consigo um plano perfeito de amor. Mesmo que mudemos o roteiro de vez em quando, ele se adapta para o nosso melhor, e sempre será assim. Para aprender a confiar, para aprender a obedecer, para aprender a entregar, para aprender a ouvir, para aprender a ser.

“Eu te louvarei, SENHOR, com todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas.” Salmos 9:1

Mais água no feijão / Foto: João Castellano

Miguel e os 3 anos / Foto: João Castellano

Foto: Pai babão

Pai babão / Foto: eu e a câmera configurada

O sim que precede o beijo / Foto: Ainda não descobri quem tirou...