Minhas Jabulanis,

Era quase a hora da comida quando o Brasil deixou a Copa 2010. Meu envolvimento com o esporte, que acontece quatro em quatro anos conseguiu me deixar triste e por alguns segundos eu imaginei como sofrem os tios com radiozinhso no ouvido e que tem um piripaque no último minuto da prorrogação. Sem grandes lembranças alegres, sempre retorno ao dia da final de 98. A cara pintada de verde e amarelo e bandeira que estava suja de tanto ser arrastada enquanto corria de um lado para o outro. Era criança mas já sabia o que era dor de Copa do Mundo. Esse ano não teve rojão na porta casa da avó e nem cara pintada. Não teve café-da-manhã na casa de Tia Carmita e trezentas milhões de galeras berrando na frente da tv. Só houveram vuvuzelas e a correria pra não pegar o engarrafamento antes do jogo. Mas na hora do jogo parou tudo: o comércio, o hospital, mesmo que de mentira, e todo o lugar que não tivesse um tv não atraiu presença humana. Foi um jeito bem diferente de ver a Copa. Mas depois que o juiz apitou o fim do jogo, a tv foi desligada e tentamos não nos sentir tão brasileiros. Aí disse a Felipe que é por isso que não gosto desse esporte cruel. Isso é muito perigoso. Depois que pega o gosto pela coisa, se ela te decepcionar, vira algo terrível. É melhor não gostar de futebol. Talvez agora prefira patinação artística... mas talvez também daqui a quatro anos eu mude o discurso.




















Foto que peguei emprestada (dez 2009)

Comentários

Felipe disse…
o bom é curtir todo dia
HEINO MEIRA disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
HEINO MEIRA disse…
Em sua música "Imagine", John Lennon sonhava com um mundo sem guerras, propriedades, ganância ou fome e imaginava todos
compartilhando o mundo todo. Mas ele não era o único a sonhar, nós brasileiros imaginava-mos hexa-campeões mundiais de futebol, os italianos viam-se penta, os alemães também como tetra, os argentinos e uruguaios tri-campeões, os ingleses e franceses tinham a esperança do bi-campeonato. Tudo isto é muito bom, ruim será quando não tiver-mos
nada para imaginar.

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